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PROVA MULTI - 2016 - 1 BIMESTRE - 8 E 9 ANOS


TEXTO I

As principais diferenças entre a Dengue, a Chikungunya e a Zika estão na intensidade dos sintomas. Entre essas doenças, a dengue é a mais grave.
Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos, em Doenças virais.


O mosquito do gênero Aedes é responsável por transmitir diversas enfermidades.

O Brasil é um país que apresenta vários tipos de clima, com predominância dos quentes e úmidos. Essa característica faz com que uma grande quantidade de insetos estabeleça-se em nosso território, como é o caso dos mosquitos do gênero Aedes, que se desenvolvem, principalmente, em zonas tropicais e subtropicais.
Os mosquitos do gênero Aedes são importantes vetores de doenças. No Brasil, o Aedes aegypti é a espécie que merece maior atenção. Como exemplo de doenças provocadas por esse mosquito, podemos destacar a dengue, a chikungunya e a zika.
Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue, a chikungunya e a zika são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para a diferenciação.
A dengue é, sem dúvidas, a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika. Ela causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, a dengue pode provocar hemorragias, que, por sua vez, podem ocasionar óbito.
A chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se principalmente nas articulações. Na dengue, as dores são predominantemente musculares. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas; todavia, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente.
Por fim, temos a febre zika, que é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que a da dengue e chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias. Vale frisar, no entanto, que a febre zika relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré, e também com casos de microcefalia.
O tratamento da dengue, chikungunya e zika é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para nenhuma dessas enfermidades. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve fazer uso de remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois eles podem desencadear hemorragias.
Não existem vacinas contra as doenças citadas no texto. Assim sendo, a melhor forma de prevenir-se é pela destruição dos locais propícios à multiplicação do mosquito Aedes, garantindo sempre que não haja acúmulo de água parada.


TEXTO II

Cidades do Entorno do DF centralizam crise da dengue e elevam preocupação.
Aumento de casos nas 10 cidades próximas ao DF preocupa o governo de Goiás e causa reflexo direto na capital federal. Executivo admite falta de estrutura no combate ao Aedes e cada vigilante epidemiológico é responsável por 636 domicílios na região.
  Postado em 18/03/2016 06:00 e atualizado em 18/03/2016 08:03

Os casos de dengue no Entorno do Distrito Federal colocaram em estado de alerta máximo a Secretaria de Saúde de Goiás. Ao todo, 7.967 pessoas estão com a infecção transmitida pelo Aedes aegypti nas 10 cidades limítrofes ao DF. O Executivo goiano é taxativo: a região centraliza a crise da doença no estado. Luziânia, Formosa, Cidade Ocidental, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso são os locais onde o risco é maior. Os reflexos são sentidos também na capital federal. Das situações ocorridas aqui, 59% se concentram em Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, São Sebastião, Samambaia e Planaltina — pontos com ligação direta com os municípios que lideram o ranking das contaminações.

No estado vizinho, 61.996 pessoas adoeceram por dengue — alta de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Goiás já ultrapassa o total de casos registrados em 2011 e 2012. Em apenas sete dias, eles aumentaram 10,7% nos 10 municípios do Entorno. Autoridades sanitárias investigam 30 mortes — sendo seis em municípios limítrofes ao DF. Há, ainda, 107 casos de zika. Desses, 16 são no Entorno: 10 em Santo Antônio do Descoberto; quatro em Valparaíso e dois na Cidade Ocidental. As infecções de chicungunha somam 148 ocorrências — duas no Entorno.
O governo goiano admite falhas no combate ao mosquito. Para se ter ideia dos entraves, cada vigilante epidemiológico é responsável por 636 domicílios no Entorno. Apesar do recuo no índice de infestação por Aedes aegypti na região — de 74,16%, em janeiro, para 37,26%, em fevereiro —, o cenário continua preocupante. “Tivemos alguns avanços, mas ainda temos que intensificar os trabalhos. A intenção do governo é erradicar o mosquito do território goiano, mas isso será possível apenas com investimento em infraestrutura e saneamento básico, sobretudo nos municípios do Entorno”, avalia Leonardo Vilela, secretário de Saúde de Goiás. Para o gestor, o crescimento desordenado e os problemas ligados a serviços como limpeza urbana, fornecimento de água e coleta de esgoto são os principais desafios a serem vencidos na região.
No DF, a dengue aumentou 337% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, 7.146 pessoas estão com a infecção. Das 31 regiões administrativas 10 vivem situação de risco máximo para a doença. Segundo Cristina Segatto, diretora da Vigilância Epidemiológica, a partir do segundo semestre, o governo vai formular o Caderno da Saúde do DF. O levantamento servirá de diretriz para o controle de doenças. “Com essa análise, vai ficar mais fácil agir. Saberemos o que está acontecendo, o motivo e como vamos trabalhar. Será uma mudança de comportamento para 2017”, explica.
Fonte: correiobraziliense.com.br
Radiografia:

Alerta: Casos de dengue no entorno ameaçam DF
Município
Casos
Casos Anteriores
Variação
Distância do DF
Águas Lindas
510
485
5,1%
50km
Santo Antônio do Descoberto
802
758
5,8%
40km
Novo Gama
216
192
12,5%
41km
Valparaíso
731
686
6,5%
37km
Cidade Ocidental
809
758
6,7%
46km
Luziânia
2.998
2.675
12%
59km
Planaltina de Goiás
222
205
8,2%
58km
Formosa
1.028
855
20,2%
79km
Cristalina
121
108
12%
132km
Padre Bernardo
530
474
11,8%
116km
Total
7.967
7.196
10,7%
-

Combate:

Resposta no controle do vetor
Município
Agentes de combate
Domicílios
Focos/Janeiro
Focos/Fevereiro
Águas Lindas
8
57.046
5,49%
3,21%
Santo Antônio do Descoberto
10
21.051
7,9%
3,47%
Novo Gama
45
31.689
4,81%
2,61%
Valparaíso
13
56.822
1,68%
1,34%
Cidade Ocidental
22
16.901
2,12%
2,54%
Luziânia
74
62.812
3,59%
2,62%
Planaltina de Goiás
198
28.650
6,1%
3,51%
Formosa
7
37.515
27,94%
12,77%
Cristalina
123
15.268
7,15%
1,9%
Padre Bernardo
163
4.877
7,38%
3,29%
Total
523
332.631
74,16%
37,26%







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